Em resumo
- A senadora Elizabeth Warren está se manifestando sobre os potenciais riscos de segurança associados às exchanges descentralizadas, citando a PancakeSwap em uma carta esta semana.
- A senadora de Massachusetts escreveu ao Secretário do Tesouro Scott Bessent e à Procuradora-Geral Pamela Bondi, expressando preocupações.
- Warren exigiu respostas até 12 de janeiro sobre os potenciais riscos e quaisquer ações em andamento da agência.
A senadora Elizabeth Warren está alertando sobre os potenciais riscos à segurança nacional das exchanges descentralizadas (DEXs), destacando a PancakeSwap devido à sua suposta ligação com a negociação da stablecoin USD1, vinculada a Trump, e fundos roubados por hackers norte-coreanos.
Em uma carta esta semana endereçada ao Secretário do Tesouro Scott Bessent e à Procuradora-Geral Pam Bondi, Warren pediu respostas até 12 de janeiro sobre lacunas deixadas por autoridades estatutárias e regulatórias que deixam os EUA vulneráveis a riscos de segurança nacional no que diz respeito às DEXs e quaisquer ações que a agência esteja tomando para evitar conflitos de interesse relacionados a cripto — inclusive dentro da família Trump.
“Você e seus departamentos têm responsabilidades significativas para proteger o povo americano e o sistema financeiro dos EUA”, escreveu Warren. “O público merece saber se vocês estão investigando os graves riscos identificados por especialistas em segurança nacional e pela própria indústria cripto.”
Warren apoiou sua investigação com relatórios de blockchain da empresa de análise Allium e da empresa de investigações TRM Labs, que apontam o papel da PancakeSwap e de ferramentas DeFi como exchanges descentralizadas no maior roubo de cripto já registrado, um roubo de US$ 1,4 bilhão da exchange Bybit em fevereiro passado.
De acordo com a pesquisa da Allium, cerca de 20% dos fundos roubados, ou US$ 263 milhões, foram lavados apenas pela PancakeSwap.
Warren aponta que usuários de cripto on-chain podem utilizar DEXs sem controles rígidos de programas de combate à lavagem de dinheiro, como divulgações de know your customer (KYC), permitindo que “explorem plataformas descentralizadas para mover, misturar e sacar fundos ilícitos.”
“Sem monitoramento regulatório, agentes ilícitos poderão cada vez mais adquirir ativos cripto em exchanges descentralizadas e então facilitar transações financeiras sem precisar sacar através de instituições que poderiam, de outra forma, monitorar e relatar atividades suspeitas às autoridades”, escreveu ela.
Além dos ataques da Coreia do Norte, Warren também destacou o papel da PancakeSwap na negociação do USD1 — a stablecoin lastreada em dólar do projeto DeFi apoiado por Trump, World Liberty Financial. Em junho, a DEX fez parceria com a World Liberty Financial em uma promoção de liquidez que incentivou a negociação de pares USD1, oferecendo mais de US$ 1 milhão em prêmios ao longo de quatro semanas.
Na semana passada, a stablecoin ligada a Trump tornou-se uma “parte central” da infraestrutura da Binance, poucos meses após o perdão do cofundador Changpeng “CZ” Zhao. A Binance negou que haja qualquer ligação entre o perdão de seu ex-CEO e a integração expandida do USD1.
A senadora de Massachusetts anteriormente denunciou o perdão do Presidente ao cofundador da Binance, e buscou respostas do DOJ sobre os laços da empresa com o presidente.
“Estou especialmente preocupada com qualquer influência política indevida da administração Trump sobre decisões de aplicação da lei”, escreveu Warren na carta desta semana, “porque a PancakeSwap teria ‘estimulado o interesse entre traders para usar moedas emitidas pela principal empresa cripto da família Trump, a World Liberty Financial.’”
Warren há muito tempo é cética em relação ao cripto e seu potencial de prejudicar pessoas comuns, e tem sido crítica quanto à ligação do presidente em exercício com a indústria.
Em outubro, ela e o também senador Bernie Sanders criticaram uma ordem executiva de Trump que permitiria aos investidores obter exposição ao cripto em seus planos 401(k).
Antes disso, Warren criticou a indústria de lobby cripto enquanto soava o alarme sobre o GENIUS Act, focado em stablecoins — alertando que a então pendente regulação cripto “turbinaria a corrupção do Presidente Trump” — e pediu investigações sobre o meme coin TRUMP lançado em janeiro.
Suas críticas não são isoladas. No mês passado, democratas da Câmara resumiram que a Casa Branca de Trump é a “operação de startup cripto mais corrupta do mundo”, após elaborarem um relatório partidário sobre as conexões cripto da família.
O relatório citou uma
