DerivaDEX governada por DAO é o 'primeiro' protocolo descentralizado de derivativos a receber licença da Bermuda Monetary Authority

Uma organização chave por trás do DerivaDEX, que será lançado em breve, afirma ser o primeiro DAO a receber uma licença da Bermuda Monetary Authority — abrindo caminho para que a plataforma de negociação descentralizada opere sob uma estrutura emergente de governança, disse o CEO da DEX Labs, Aditya Palepu, ao The Block. 

"A BMA já tem certa familiaridade com cripto e está na vanguarda disso desde o início", disse Palepu em entrevista. A BMA forneceu a primeira licença da Coinbase quando eles estavam expandindo internacionalmente com sua oferta de derivativos, mas este é um DEX governado por DAO, então é diferente de uma plataforma centralizada.

O DerivaDEX é uma plataforma descentralizada de negociação de derivativos com foco institucional, com lançamento previsto para o final do ano. O protocolo foi projetado por veteranos da DRW e Consensys, com apoio de grandes VCs como Dragonfly, CMS Holdings, Electric Capital e Polychain.

O projeto está tentando construir e lançar um produto que faça a ponte entre DeFi e TradFi — aproveitando o melhor dos dois mundos para criar "mercados mais seguros". Tanto as blockchains quanto os reguladores fornecem diferentes, embora complementares, "garantias de confiança", disse Palepu. 

"O objetivo do DerivaDEX é realmente capturar a próxima onda de capital institucional que está esperando por esse tipo de infraestrutura, uma que resolva questões de performance sem risco de custódia, gestão de risco sem opacidade e também inovação com clareza regulatória", disse Palepu. "E esse é um mercado endereçável substancial, senão o maior no momento."

Palepu observou que, embora o "produto principal da exchange" já esteja funcionando, a equipe adiou o lançamento até receber a licença da BMA. "Uma vez obtida a licença, a integração dos usuários pode ser feita de maneira segura e respeitada em relação aos reguladores e autoridades envolvidas", disse ele, acrescentando que é um "processo de onboarding KYC familiar" sob a lei das Bermudas.

"É diferente do que você normalmente vê na maioria dos DEXs atuais. Mas certamente é uma prática padrão que você encontra nas principais plataformas centralizadas", disse Palepu. 

Obter a licença foi um processo de dois anos, envolvendo muitas conversas com reguladores e participação em um chamado Innovation Hub, um "ambiente tipo workshop" onde projetos que buscam seguir o caminho legal aprendem o que os órgãos reguladores procuram e podem ajudar a moldar políticas. 

"Foi uma oportunidade única onde, ao final do Innovation Hub, todas as partes envolvidas têm uma compreensão muito melhor do que precisa ser feito", disse Palepu. 

De acordo com Palepu, pelo menos três entidades participaram do processo de licenciamento pelo lado da Deriva. Isso inclui a DerivaDAO Foundation, sediada nas Ilhas Cayman, uma Deriva Bermuda LTD e o próprio DAO, que "governa tudo no final das contas", inclusive decidindo quando o protocolo será lançado.

"A DEX Labs, equipe da qual faço parte, não controla, mantém ou opera a exchange descentralizada de nenhuma forma, assim como nenhum outro provedor independente", disse Palepu, observando que o DAO já tomou decisões importantes como liberar a transferibilidade do token DDX e gerenciar o fundo de seguro do protocolo. "Não temos nenhum privilégio especial na governança do DAO de nenhuma forma."