A Coinbase registrou sua maior saída diária de Bitcoin em 2025: 9.739 BTC deixaram a plataforma. Portanto, mais de US$ 1 bilhão foram movimentados na última sexta-feira (9/5), considerando a cotação de momento.
André Dragosch, chefe de pesquisa na Europa da Bitwise, afirmou que esse volume representa um sinal de crescente interesse institucional pela criptomoeda. Na terça-feira (13/5), ele comentou no X que ‘o apetite institucional por Bitcoin está acelerando’.
A Coinbase ocupa o posto de terceira maior exchange de criptomoedas do mundo, atualmente. Portanto, os dados de saída de BTC da corretora refletem um comportamento que pode ser a tônica do mercado.
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Tendência pode levar à diminuição da oferta de Bitcoin
O maior envolvimento de empresas com criptomoedas é um fenômeno relativamente recente. No entanto, casos como o da Strategy (ex-MicroStrategy), que adotou o Bitcoin como reserva de valor, estão se tornando frequentes.
Em uma participação no programa Chain Reaction, no dia 12 de maio, Dragosch deu um exemplo que ilustra bem o impacto das compras institucionais:
‘Em 2025, as empresas compraram quatro vezes mais Bitcoin do que a soma de todos os ETFs à vista da moeda nos EUA.’
Além disso, o analista da Bitwise explicou que a demanda institucional pode dragar a oferta nova de Bitcoin rapidamente:
‘Já nos aproximamos dos 200.000 BTC, o equivalente à oferta anual de novos Bitcoins.’
Portanto, a saída de BTC das exchanges devido ao movimento estratégico de muitas empresas pode resultar em uma diminuição da liquidez nas corretoras. Afinal, grande parte desses fundos acaba em carteiras frias para tesouraria.
Uma das possíveis consequências desse fenômeno seria um aumento do preço do Bitcoin, que já vem subindo nas últimas semanas. No entanto, o ritmo da valorização dependerá do comportamento dos investidores ao longo dos próximos meses.
Acordo entre EUA e China também impulsiona a moeda
A movimentação intensa do preço do Bitcoin também teve um importante impulso, recentemente, com a melhoria dos canais diplomáticos entre Estados Unidos e China. Afinal, antes disso, o mercado cripto em geral vinha sofrendo com os efeitos da crise tarifária.
Representantes dos dois países se reuniram na Suíça recentemente e decidiram suspender por 90 dias as tarifas sobre importações entre um e outro. Por isso, o clima de apreensão que dominava o mercado global acabou sendo, em parte, amenizado.
Os investidores passaram a temer menos uma aceleração da inflação, o que reacendeu o interesse por ativos como o Bitcoin. Além disso, altcoins e memecoins se beneficiaram desse novo cenário de otimismo. E até mesmo o mercado de ações vem demonstrando sinais de recuperação — ao menos no curto prazo.
Com isso, os analistas procuram um padrão certeiro para prever o preço do Bitcoin . No entanto, mesmo com o clima mais ameno entre EUA e China, além do interesse institucional, o cenário econômico ainda é delicado.
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